By 
quinta feira, 8 de fevereiro de 2023Foto: Reuters/Arte g1Ex-diretor do Banco Central, Tony Volpon vê como estratégia errada as críticas de Lula ao Banco Central. Ele avalia, no entanto, que um espaço de diálogo maior tornaria possível a redução da taxa de juros ainda este ano.
Desde o início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem tecendo críticas à política monetária do Banco Central.
O líder do Executivo já demonstrou descontentamento em relação à fixação e manutenção da taxa de juros em 13,75% pelo Copom e afirmou, em entrevista a Natuza Nery, que a autonomia do Banco Central era “bobagem”.
Roberto Campos Neto e Lula — Foto: Reuters/Arte g1
Apesar das declarações, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais Alexandre Padilha negou haver pressão sobre o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e disse que o governo não discute mudar autonomia da instituição.
O ex-diretor do BC Tony Volpon vê como estratégia errada as críticas de Lula ao Banco Central. Ele avalia, no entanto, que um espaço de diálogo maior tornaria possível a redução da taxa de juros ainda neste ano.
“Se todo mundo fizer seu trabalho com calma e paciência, nós podemos olhar para o próximo ano como um ano de recuperação. Esse vai ser um ano de certo sacrifício”, prevê o economista em entrevista ao podcast O Assunto, comandado por Natuza Nery.
“Se a gente deixar todo mundo trabalhar, eu acho que tem perspectiva de queda de juros neste ano, sem sacrificar a inflação e sem cometer erros que foram cometidos no passado – quando houve pressão do Executivo para forçar a taxa de juros para baixo”, afirma Volpon, fazendo referência ao governo Dilma.
oacontece/via g1
Comentários