27 de agosto de 2023 Foto: Intagram/Fausto Silva
A cirurgia de transplante de coração, pela qual o apresentador Faustão passou neste domingo (27), é feita no Brasil desde 1968, como última alternativa de tratamento para problemas cardíacos. A medicina evoluiu — e permite que o paciente tenha excelente qualidade de vida após o procedimento, afirmam especialistas —, mas um obstáculo permanece: a dificuldade de encontrar doadores de órgãos no país.
Por isso, quando aparece uma oportunidade de fazer o transplante, todas as etapas precisam ser seguidas com rigor. Assim que o coração é retirado do corpo do doador, um cronômetro é disparado: em até 4 horas, ele precisa estar pulsando no corpo do receptor. É esse o tempo máximo durante o qual o órgão consegue manter suas atividades fora do corpo humano.
Como funciona a fila do transplante?
Até a última atualização desta reportagem, 386 pessoas aguardavam um “novo coração” na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). A espera não leva em conta se o paciente fará a cirurgia em um hospital público ou na rede particular.
Os critérios são outros:
- ordem cronológica de cadastro;
- gravidade do quadro – quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa;
- tipo sanguíneo – um paciente só pode receber um órgão de um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele;
- porte físico – alguém alto e mais pesado não pode receber o coração de um doador muito mais baixo e magro que ele;
- e distância geográfica – o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4 horas. Ou seja: não é possível fazer a ponte entre duas pessoas que estejam muito distantes uma da outra
Conteúdo G1
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