Os municípios Brasileiros passam por problemas sérios no que diz respeito à saúde e poderíamos até dizer que os municípios brasileiros estão na UTI. Mas qual seria o mal causador dessa doença que entre tantos outras afligem as populações de municípios carentes, cuja agonia se faz notar pelos constantes pedidos de auxílio, quando os gritos e esperneio fazem dó?

Quem são esses ignóbeis seres que buscam o alento para sua dor num triste desempenho dantesco? A cena é caótica, patética e triste, demonstrada numa fila enorme que serpenteia quarteirões e, como num filme pobre em preto e branco, não mostra a verdadeira cor da face do sofrimento e a cor do sangue que molha as dobras amassadas dos corpos sofridos. Este quadro de horror logo se desfaz quando os miseráveis são afugentados para longe, na tentativa de limpar o espaço, desmanchando o panorama de seres menores.

Seriam esses coitados a ralé da realeza que, protegida pelos dotes e títulos, não conhece o amargor da dor e o desprezo, o descaso da falta de responsabilidade das altas castas, não ouvem os gritos e lamentos da plebe cuja ferida não sara.

Por acaso estamos na medieval província, onde somente os esnobes usufruem benesses, e os outros são restos, somente restos. Ora nos preocupamos com esta sub-gente que só serve, e tão somente, para votar na hora de escolher o monarca que regerá os destinos? Seus lamentos, suas dores, suas doenças não se curam com médicos, cientistas ou remédios; basta lhes dar uma boa dose de sonho e umas cartelas de promessas, e pronto esse é o remédio. A saúde aqui ou acolá é uma verdadeira doença incurável, uma doença crônica.

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