Segunda feira 09 de abril de 2018- mais um título pelo Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)

Primeiro técnico bicampeão paulista pelo Corinthians desde Rato, nos anos 1950, ele aos poucos vai escrevendo seu nome na galeria dos grandes comandantes da história alvinegra.

A conquista deste domingo, na casa do arquirrival Palmeiras, coloca o técnico num estágio maior no nível de respeito de torcedores e jornalistas – muitos daqueles que, um dia, duvidaram de seu potencial à frente do clube.

Após perder a primeira decisão por 1 a 0, conseguiu o resultado necessário para que o título fosse possível: 1 a 0 na casa do rival e posterior triunfo nos pênaltis.

No cargo desde dezembro de 2016, Carille vem tendo saldo positivo. Dos cinco campeonatos disputados desde sua efetivação, conquistou três: o bi do Paulista e o Brasileirão do ano passado. Tem um título por semestre. O desafio agora é a Libertadores, competição que o time faz o terceiro jogo no dia 18, contra o Independiente, da Argentina.

Sondado pelo Atlético-MG no início do ano, Carille ficou para atingir marcas no Timão. Ele já igualou as conquistas de Mano Menezes. E quer mais.

– (O Mano) Foi Série B, Paulista e Copa do Brasil, né? Ano passado, ganhamos Paulista e Brasileiro e saímos na Copa do Brasil e na Sul-Americana sem perder. É de muito trabalho e entendimento. Nós, da comissão, discutimos sempre. Às vezes, algum jogador é prejudicado, como o Rodriguinho, que não tem um cara na frente e vem jogar com dois meias. É o trabalho de todos e vamos buscar mais coisas, do nosso jeito, quietinho, trabalhando bastante. Vamos atrás de mais conquistas. Dias atrás, contra o São Paulo, completei 100 jogos. Agora, bicampeão paulista.

Com 103 jogos à frente do Corinthians, Carille vai caindo cada vez mais nas graças do torcedor por seu jeito simples, trabalhador e autêntico. E pelas vitórias (já foram 53).

Aos 44 anos, Carille tem convivido muito bem com as vitórias. E tentado aprender com as derrotas.

Contra o São Paulo, ao sair perdendo na semifinal no Morumbi, deu luz à polêmica com o técnico Diego Aguirre por uma suposta falta de educação do uruguaio, que não o cumprimentou antes da partida e alegou que não o reconheceu.

Dias depois, após repercussão negativa da polêmica que ajudou a alimentar, refletiu em entrevista coletiva:

– Me assustei (com a repercussão). Ainda não tenho noção das coisas que falo, do que pode crescer. Tenho que aprender.

Tímido no passado, Carille vai mostrando a cada dia mais destalhes de sua personalidade – mas com moderação.

Ser alvo de câmeras e microfones faz parte da função de técnico do Corinthians. Muitas vezes, jornalistas perguntam a Carille sobre política, problemas do esporte ou situações que fogem da rotina do técnico. Ele prefere não se aprofundar.

A algumas críticas da imprensa, reagiu mal. O desgaste do dia a dia e da pressão são visíveis. Mas Carille segue firme. Vencendo. E ganhando o respeito de seus comandados – de quem recebeu um banho de isotônico depois do título deste domingo.

– O Carille conhece a qualidade de todos os jogadores e o que a gente pode demonstrar em campo. Tomamos pancada, perdemos, sofremos, mas continuamos unidos.

O torcedor do Corinthians, claro, segue cumprimentando Carille. Dá bom dia, boa tarde e boa noite para um técnico que bate marcas e acumula títulos pelo Corinthians. Impossível não estender a mão.

Fonte G1 via Globo Esporte

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